quinta-feira, 17 de maio de 2007

Um "bate papo" com Jorge Brauniger 2/3

E aqui vai minha resposta ao e-mail de Jorge Brauniger:


---- Original Message -----
From: Jorge Aldrovandi
To: 'Jorge B'
Sent: Wednesday, May 09, 2007 9:40 AM
Subject: RES: BabelTeam / Mala Direta Campanha "Papa"

Bom dia, Jorge,

Vou responder, e muito obrigado pelos comentários que me fazem refletir.

Acho que não é indiscriminado, não. Você tem razão.

Não tem fórmula que seja aplicável para tudo.

Mas, hoje, por exemplo, eu estou gerenciando campanhas de projetos imobiliários em Punta del Este e posicionado este tipo de estratégias nos Estados Unidos, na Espanha e em alguns países da América Latina.

Nestas campanhas (3) o objetivo não é vender um produto pela Internet. É gerar confiança e construir credibilidade com usuários que já estão procurando o que você oferece, ou seja: estratégia de construção de marca.

É obvio que não se compra um apartamento de U$S 2.000,00 o metro quadrado por Internet. Concorda?

Mas que a informação disponível na Internet é parte do processo de tomada de decisão estou convencido disso.

Como é que se faz? Bom... isso é o “pulo do gato”, mas conceitualmente é isso: “faça o caminho inverso”.

Para cada segmento será necessário percorrer o caminho de uma maneira diferente. Concordo.

Veja alguns exemplos que relativizam sua própria afirmação e minha concordância inicial (gosto de bancar o advogado do diabo para fazer pensar...como aliás você nos fez...)

Há dois anos contratamos uma equipe de advogados em São Paulo. Nós os encontramos procurando empresas ou profissionais especializados em gestão de visto de residência, pela Internet. Nunca os vimos. Pagamos por depósito bancário alguns mil reais. O processo foi feito sem “voltas especiais” (você entende?) e eu tive minha residência permanente aprovada em sete meses.

Bom: eles não estavam vendendo o serviço deles na Internet. Eles apenas colocaram algumas dicas em relação à gestão de visto de residência para estrangeiros em união permanente.

Eu encontrei as respostas que queria, mas entendi que o processo era complexo demais para se fazer por conta própria. Então... simplesmente contratamos aqueles que tinham depositado um crédito na nossa conta emocional e racional (eles foram “generosos” para oferecer publicamente as dicas). E a gente retribuiu em vários mil reais na conta bancária deles e mais alguns comentários de agradecimento.

Mais um exemplo, desta vez da filha de Micheline: ela andou procurando uma médica especializada. Consultou a enorme lista de seu plano de saúde, selecionou duas ou três por alguns critérios (até geográficos) e depois... lá foi ela para a Internet descobrir quem eram essas pessoas selecionadas. De posse de seus currículos, de artigos publicados, ela selecionou a que lhe pareceu mais indicada ao seu caso.

Outra de médico: minha oftalmologista, la Dra. Beatriz Simões Correa de Rio de Janeiro, uma profissional super-eficiente, conectada, que cuida de sua marca, sua presença, tira foto de você quando chega no consultório para abrir ficha e excelente profissional de sua especialidade. Perguntei para ela porque ela com tudo isso não solicita o e-mail das pessoas para constar no cadastro. Ela devolveu a pergunta: para que necessito do e-mail das pessoas? Respondi: imagino que você sofre de volatilidade e inconstância dos clientes. “O que eu gostaria que você fizesse comigo? Que periodicamente me enviasse informação sobre prevenção, sobre dicas de doenças na minha idade, sobre avisos de revisão periódica. Seria ótimo receber uma vez cada três meses algumas dicas para fazer prevenção, justamente sobre questões que têm a ver com minhas circunstâncias especiais. Este depósito na minha conta de memória emocional e racional me faria ser mais ativo em relação aos meus fatores de risco, mas também voltar a você e certamente te indicaria para conhecidos e amigos”. Ela respondeu: “Entendi” e solicitou meu e-mail. Mas ainda não fez nada... (eu a recomendo igual pois é ótima!).

Este processo que foi espontâneo e intuitivo de parte a parte (de nós buscadores e dos profissionais que não se propuseram a colocar a informação com este propósito), o novo profissional de e-marketing, como eu, pode induzir. De forma equilibrada, profissional, e bem longe do cold approach mas também sem ser por demais agressivo ou por demais passivo. Creio que a Internet e as novas formas de comunicação oferecem aquilo que nossos amigos orientais, budistas, chamam ‘o caminho do meio’.

Bom já te contei uma parte pequena do pulo!!!

Um bom dia para você!

Quem me dera que todos os leitores fizessem comentários desafiantes como você faz.

Obrigado e abraço,

Jorge Aldrovandi

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