segunda-feira, 7 de maio de 2007

Deixe que o Cliente Ache Você (pelo amor de Deus!)

Se alguma coisa mudou nos últimos 10 anos (ou ao menos está começando a mudar) é a abordagem de marketing.

Você deve ter recebido alguma vez uma ligação telefônica na qual uma voz, geralmente insegura, pronunciando muito mal seu nome, tentou vender-lhe alguma coisa. Verdade que sim?

Bem. Lembra qual foi o resultado?
Você ficou muito aborrecido e o telemarqueteiro muito frustrado (geralmente, boa parte da remuneração dele (ou dela) depende do sucesso ou não daquela ligação).

Cruel. Para as duas partes.

A essência do marketing de busca ou search engine marketing é ir exatamente em direção contrária. Em lugar de procurar um cliente para o meu produto ou serviço, o que tenho que fazer, como anunciante, é estar com minha mensagem no lugar certo, no momento certo em que o usuário (consumidor, cliente em potencial, ou como você quiser chamá-lo) esteja procurando o que você tem para oferecer lhe e que vai satisfazer sua necessidade.

Ou seja, o Cliente me Acha a Mim.
Nada de gente com mau humor em um e outro extremo da linha telefônica.

Ao contrário, eu mesmo, como consumidor que utiliza com freqüência os mecanismos de busca de informação disponíveis na Internet, sempre senti uma enorme satisfação, quando – depois de fazer uma consulta no Google –, por exemplo, alguém me mostrou (maravilha!) aquilo que estava procurando e não conseguia achar.

Ainda que as estratégias de marketing de busca que são aplicadas no mercado brasileiro sejam em geral muito elementares (estão sendo aplicadas antigas estratégias com uma tecnologia nova), o início da mudança comportamental já está acontecendo.

Cada vez mais usuários procuram informação na Internet para suas decisões de compra e, por outro lado, cada vez mais empresas anunciam aquela coisa que oferecem e a mostram exatamente no momento que aparecem os resultados na tela do computador. E mais: o anunciante geralmente só pagará pela publicidade se o consumidor clicar no seu anúncio.

É claro que a história não é tão simples como poderia parecer à primeira vista. Porém, no básico, funciona assim:

1) o usuário tem uma necessidade, vai ao computador e escreve algo relacionado com seu desejo no mecanismo de procura de informação (Google, Yahoo!, etc.);
2) uma página de resultados gratuitos e anúncios patrocinados (com custo) aparece na frente dele, na tela do monitor;
3) um ou mais links atraem sua atenção;
4) faz clic e... bem, aqui começam os aspectos não tão simples do marketing de busca, search engine marketing, ou SEM.

Só para terminar, por hoje... um dos primeiros desafios do profissional de marketing é... saber com que palavra ou expressão o consumidor expressará sua necessidade. E em seguida, o que o atrairá? Onde fará clique?

Bem, provavelmente esgotei seu tempo e sua paciência por hoje. Continuarei com esta fascinante mudança de paradigma que é o search engine marketing (SEM) ou marketing de busca.

Mas, vá pensando... é muito melhor que o cliente ache você. E mais rentável, também.

Basei este comentário no excelente artigo “Deixe que o cliente ache você” de D. Peppers y M. Rogers, páginas 122 e 123 da Revista “Negócios” de maio de 2007, Editora Globo, e o escrevi na minha empresa BabelTeam, aqui na minha casa, no Rio de Janeiro, Brasil.

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